Em 2007, pesquisadores analisaram dados coletados em 7.327 gestações de 1959 a 1965 e descobriram que as mulheres com IMC mais alto levavam de um a dois meses a mais para conceber em comparação com mulheres com na faixa de “peso normal”. Um estudo de 2015 com 1.602 mulheres submetidas à FIV descobriu que as com sobrepeso e obesidade tinham a mesma chance de engravidar, mas eram mais propensas a abortar.
Em suma, a pesquisa mostra um declínio correlacionado nas taxas de gravidez bem sucedidas à medida que o IMC aumenta.
Mulheres obesas e com sobrepeso são férteis, mas parece que o excesso de peso, especialmente a gordura abdominal excessiva, pode aumentar o risco de ter anormalidades menstruais que podem estar relacionadas à disfunção da ovulação ou não liberar óvulos em intervalos regulares.
Além disso alguns riscos são aumentados para mulheres com o IMC elevado durante a gestação e quanto maior o IMC da mulher, maior a chance de complicações.
Aborto espontâneo – a chance geral de aborto espontâneo com menos de 12 semanas é de 1 em 5 (20%); se você tem um IMC acima de 30, a chance é de 1 em 4 (25%). Diabetes gestacional – se o IMC for 30 ou superior, há 3 vezes mais chances de desenvolver diabetes gestacional do que com IMC abaixo de 25.
Pressão alta e pré-eclâmpsia – com IMC igual ou superior a 30 no início da gravidez, a chance de pré-eclâmpsia é 2 a 4 vezes maior que com IMC abaixo de 25.
Alterações no peso e IMC tanto para cima quanto para baixo (abordaremos o baixo peso em outro post) afetam diretamente a saúde reprodutiva da mulher, por isso é importante manter-se sempre saudável e ser acompanhada por profissionais de saúde atualizados e respeitosos.
Texto: Patricia Guim para @fertilidadepositiva