Hoje a conversa é um pouco diferente. Eu queria falar um pouco de empoderamento.
Nós mulheres tivemos muito do nosso poder tolhido. O tivemos tão diminuído que muitas vezes nem sabemos que temos escolhas. E isso impacta muito na nossa fertilidade e na nossa relação com os médicos (sejam eles homens ou mulheres).
(por favor não entenda esse texto contra a classe médica, não é a intenção, inclusive tenho grande admiração por muitos profissionais dessa área, o que eu abordo aqui é o panorama geral que me deparo todos os dias trabalhando com o universo feminino, principalmente relacionado à fertilidade) UFA! Agora podemos seguir…
Da última vez que você foi ao médico, quem decidiu qual tipo de contraceptivo você usaria? Foi você? Ou você simplesmente recebeu uma prescrição sem muitas explicações?
Quando você pariu, quem escolheu como, quando e onde você daria a luz? Foi você?
Essas são questões básicas e ao mesmo tempo pouco respeitadas! É tão corriqueiro que a gente nem percebe.
O seu médico te olha com o olhar de respeito? De acolhimento, de escuta? Ou parece ter um abismo separando vocês? Você se sente NO DIREITO de questionar uma conduta? Ou você tem medo? Você já sentiu que algo foi imposto? Já procurou outro profissional, pois aquele não te deu nem chance de falar? (Não importa se o médico era homem ou se era mulher, muitas vezes a imposição vem da mesma maneira.)
Mulheres, resgatem o poder de vocês. O poder acerca da sua saúde reprodutiva, acerca da escolha do seu método contraceptivo e do seu parto. O poder é de cada uma de nós, faça valer o direito sobre seu corpo, sobre suas decisões, sobre suas convicções. Permita-se discordar, permita-se pedir explicações.
A gente precisa resgatar o que é nosso! A nossa saúde, os nossos corpos, os nossos direitos e acima de tudo o nosso poder.
Texto: Patrícia Guim para @fertilidadepositiva